Divagações sem fim esperando por respostas.
Uma busca sem rumo por certezas improváveis:
Dores, cores, amores, rancores.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

trip therapy


Eu pego e faço uma lista de tudo que eu perdi e de tudo que vou ganhar.
Posto num blog.
Imagino todas as pessoas que tenho saudade e posso visitar.
Imagino pessoas (possíveis)com quem gostaria de viajar.
Será que devo ir sozinha?
Lembro da amiga que disse precisar viajar para esquecer das "decepções".
Ri, perguntando:- Mas que tipo de decepções?
Imagino os lugares bacanas que ainda não conheci e morro de vontade.
Lembro que tenho a grana curta e a alma larga. Precisa ser perto, mas precisa ser gratificante.
Mas não quero me estressar.
Lembro que prometi não viajar mais com casais. E que gosto muito, muito de museu.
A fatura do cartão de crédito. O extrato bancário.
As roupas que posso vender.
Eu não sei me programar sem meter o coração no meio. Choro só um pouquinho: e se meus planos não derem certo?

Perdi:
minha máquina fotográfica;
a inscrição para o curso de corte&costura;
um par de brincos e um anel de prata;
a conta de quantas vezes disse que não ia mais me apaixonar;
a prova de filosofia;
tempo;
um quase-amor.

O que vou ganhar:
Fotos tiradas por máquinas alheias;
Roupas novas no guarda-roupa;
Um bronzeado;
Mais contatos de msn;
Um amor de verão;
Dívidas;
Inspirações.

Cada um escolhe a terapia que lhe faz melhor. Uns gostam de comer, outros de Freud, outros de compras, outros dormem demais. Eu particularmente gosto muito de dormir demais. Mas desta vez não adiantou. Ai, tentei escrever (cá estou), mas também não foi eficaz. Então, praticarei a terapia das rodinhas. Conhece?
Poe o que existe de mais importante numa mala de rodinhas e ouve o vento te chamar.
Quando você voltar, depois de analisar sua vida lá de fora, tudo pode ser, ou ao menos parecer, diferente.
No que diz respeito a diagnósticos, é sempre bom buscar uma segunda opinião. Mesmo que esta saia de dentro de você mesmo.

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