Divagações sem fim esperando por respostas.
Uma busca sem rumo por certezas improváveis:
Dores, cores, amores, rancores.

quarta-feira, 22 de junho de 2011

vou passar um tempo fora, quer namorar comigo?


Eu parei para pensar que sempre que a gente está prestes a viajar, algo bom acontece.
Eu sei que coisas boas acontecem o tempo todo, mas parece que aquela coisa gostosa que você tanto quer que aconteça, tem uma grande probabilidade de acontecer quando você está de partida para uma longa viagem.
Não é pessimismo, não estou reclamando.É fato, constatação.
Acredito que estamos tão felizes e desligados das encanações cotidianas devido a toda a ansiedade pré-viagem que levamos tudo de forma mais leve, com mais risos no rosto e aí as coisas acontecem.
Uma amiga engatou um namoro firme, promissor, um mês antes de se mudar para a Australia por dois anos. E claro que o amor não aguentou. Mas quem vai dizer que ela fez certo ou errado? Dirão que ela deveria desistir do namoro ou da tão sonhada e planejada viagem?
Quando eu fui para a Europa há três anos, conheci um cara fofo um final de semana antes. Um cara tão fofo que fazia meu coração bater mais forte todos os dias ao me ligar para desejar bom dia, tanto aqui, quanto em Barcelona, tão fofo que eu fiz planos para a volta e comprei presentes para ele. Isso, ambos no plural. Planos. Presentes.
E é óbvio que o amor não resistiu e quando eu voltei ele já estava devidamente acompanhado de alguém que não largaria tudo (e ele) a qualquer momento para se aventurar sozinha por algum lugar do mundo. Azar o dele. Não sabe os presentes que perdeu (e que eu ganhei).
Hoje o fato se repete. Em três semanas parto para a Inglaterra e há algumas semanas tenho tido uma agradável companhia nas noites de inverno para bebericar, conversar e namorar.
E o fato de existir uma data de término faz com que tudo fique leve. Com que os problemas que temos que enfrentar para ficarmos juntos desapareçam fazendo com que só reste a sensação de caminhar acompanhado.
Mas são nestes bons momentos que o tempo teima em passar mais rápido para que você entre logo naquele avião e um mês depois retorne para o apartamento então vazio, sem nem mesmo o cheirinho dos cigarros que ele fumava compulsivamente enquanto reclamava da vida para você.
Bobos são eles que não nos esperam. Com a mala cheia de presentes para dar, de saudades para matar, de 'causos' para contar e com infinitas possibilidades de entrar em um avião novamente, na companhia deles.

Nenhum comentário:

Postar um comentário