Divagações sem fim esperando por respostas.
Uma busca sem rumo por certezas improváveis:
Dores, cores, amores, rancores.

terça-feira, 14 de junho de 2011

good things happen to good people


Era uma quinta-feira e uma moto bateu no meu carro. Não tinha outra coisa pior para me acontecer? A vida não tá fácil não, Sinhô!
Depois de pagar a moto do descarado, fui para a escola trabalhar. Ai que raiva de ter gastado o diheiro que seria investido nas minhas botas novas-já escolhidas- para pagar a moto de um desinfeliz que não estava olhando para frente e bateu em mim.
Mas, como era a melhor solução, desembolsei a grana e paguei o desatento.
Praguejei, praguejei como uma velha viuva que vive sozinha com cinco gatos e odeia o vizinho que dá a descarga no meio da noite na mesma hora, todos os dias.
Eram três horas da tarde quando me lembrei de uma amiga que acreditava que esses acidentes bobos acontecem para descarregar energia ruim, e que seria bom para mim.
Bom? Como pode ser bom?
Olhei para o quadro de avisos da sala dos professores e lá estava um recado:" Alguém disposto a acompanhar um grupo de estudantes por um mes na Inglaterra em julho?"
E eu ainda pensei duas vezes, três. E tive a sorte que as sextas-feiras a tarde são completamente vazias na escola. Ou seja, nenhum outro professor-concorrente.
Escrevi meu nome no quadro.
Uma hora depois estava eu combinando datas e honorários com o dono da agência para passar o mês de julho em Westbourne, na Inglaterra e depois dar um pulinho em Paris e cá estou eu hoje pensando no que tenho ou não que levar.
Sabe aquele dinheiro que eu paguei para o motoqueiro desatento?
O melhor investimento que fiz nos últimos anos!
Ou a melhor sessão de descarrego.

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