Divagações sem fim esperando por respostas.
Uma busca sem rumo por certezas improváveis:
Dores, cores, amores, rancores.

terça-feira, 27 de julho de 2010

Só um comentário...



8 de setembro de 2009.

Hoje me dei conta de que nunca havia passado tanto tempo sozinha com meus botões.
Tem gente que vai para um retiro espiritual no Tibet, eu me vi sozinha perambulando pelas ruas de Londres procurando brechós.
É assim, cada um com suas terapias, com o que te faz bem. Cada um tentando alcançar a sua felicidade plena. (Se é que isso existe... bom, deixa pra lá).
Cheguei em casa e comprei minhas passagens para Barcelona. Escolher as datas, reservar hotel, mais uma viagem dentro da viagem. Não foi pra isso que eu vim pra cá?
(Deixa pra lá de novo).
Ai a amiga diz que agora sim eu vou me divertir, conhecer pessoas no albergue, encontrar meus amigos que não via há tempos.
Sem exitar eu respondi que já estou me divertindo muito e que eu sou legal pra cara***! E por mais incrível que pareça, eu ainda não consegui me sentir sozinha e acho que nem vou. Pela primeira vez na vida a minha companhia e de meus pensamentos tem sido mais que suficientes.
Resolvi escutar aquele amigo que disse que essa eu devia encarar sozinha. Nem pensei se ele estava viajando ou falando sério. Agora agradeço.
Passo horas e horas andando por essa cidade linda rindo das minhas piadas bobas, inventando histórias e pensando em milhões de finais felizes e, como boa mexicana que sou, em finais não tão felizes também.
Eu já sei que se comprar 3 cervejas pago o preço de duas e só eu e eu mesma temos que decidir se vamos ou não ficar bêbadas hoje e comemorar mais esse passo de nossa aventura juntas.
Decidimos que sim.
Me vi correndo para me arrumar e ir ao cinema com medo de me atrasar. Para encontrar alguém? Não. Para encontrar algo que me faz tão feliz.
Foi aí, me arrumando e ansiosa para ir ao cinema sozinha (arrumei o cabelo, passei maquiagem, vesti roupa nova) que eu percebi o quanto estou bem comigo mesma.
E por hora não existe coisa melhor do que reparar e comentar só as coisas que você acha interessante. Ouvir as músicas que só você gosta. Comer ou não comer, dormir ou não dormir. Tudo depende somente de você.
Acho que é mais ou menos aí que você se ama de verdade.
Pronto. Cheguei aqui. E agora, o que mais?

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