Divagações sem fim esperando por respostas.
Uma busca sem rumo por certezas improváveis:
Dores, cores, amores, rancores.

terça-feira, 27 de julho de 2010

I always cry at endings


O casamento de Rachel.
Sempre depois dos meus tediosos dias de trabalho na firma eu me permito fazer algo que me agrade. Como um mimo por ter aguentado mais aquele dia. Recruto algum amigo bom de papo e dou boas gargalhadas.
É um tédio porque eu me sinto burra. Mas meu pai me disse que não posso me sentir assim. Ele me rebateu com a pergunta:
Você acha seu pai burro por ter trabalhado vinte e tantos anos no banco?
Não.
Mas pessoas têm ambições diferentes. A minha simplesmente não é ter um bom salário e guardar todo o meu dinheiro para um futuro tranquilo. Meu lance é aqui com o presente.
E não quero passar por este me sentindo burra. Ou só mais uma. Ou simplesmente fazendo algo que eu-não-gosto!
Mas tirar a bunda da cadeira e dar a cara a tapa deviam ser sinônimos.
E foi depois do meu primeiro tapa, depois de um não para aquele que seria um emprego menos tedioso, que me permiti mais um mimo. Menina mimada, não é?
E dessa vez eu fui só.
Fui só porque nenhum conforto hoje seria suficiente. E ninguém melhor do que minhas neuras para entender porque me doeu tanto.
Doeu porque são etapas que devem ser conquistadas: deixar de ser covarde e lutar por algo que te faça realmente feliz e depois REALMENTE deixar de ser covarde e sair por aí à mercê de nãos (e quem sabe sins) que possam mudar sua vida.
E tudo dói.
Meu conforto hoje foi a minha solidão numa sala de cinema vendo aquele filme ali.
Meu conforto foi deixar a mesma sala de cinema chorando. Mas não(somente) porque me decepcionei, porque não consegui o sim que tanto queria para que a vida fosse menos banal. E não teria sido.
Eu saí chorando pelo final do filme. Porque chorar eu choro mesmo. Não foi a primeira e não será a última vez.

Vale a pena:
Sinopse: A festa de casamento de Rachel tem tudo para ser perfeita. Amigos e familiares reunidos numa bela cidade de Connecticut, num fim de semana repleto de comida, música e carinho. Mas quando Kim, a irmã mais nova de Rachel, chega após um longo período numa clínica de reabilitação, todos se preocupam. Com seu histórico de crises e conflitos familiares, Kim tem o dom de provocar grandes dramas em qualquer situação. Na festa, sua postura sarcástica faz reviver antigas feridas e transforma o casamento dos sonhos num campo de batalha.

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