Divagações sem fim esperando por respostas.
Uma busca sem rumo por certezas improváveis:
Dores, cores, amores, rancores.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

at the wrong time


Quando ele entrou no bar naquela tarde, ela já havia decidido ficar sozinha para sempre.
Fazer mestrado no Rio, doutorado em Paris. Escrever um livro ou dois.Levar a vida assim, numa boa.
Quando ele entrou no bar vestido como se vestia, sorrindo como sorria, ela sentiu algo estranho. Algo que há tempos não sentia.
Quando ele a beijou pela primeira vez ela teve certeza de que às vezes pouco é mais que suficiente. Não tente entender o que isso quis dizer.
Só ela entendeu o que isso quis dizer.
Poucas noites juntas, infinitas horas.
Poucos almoços a dois, muitas trilhas sonoras.
Poucos planos, muitas memórias. E muitos beijos- mesmo que dados ou recebidos em vão.
Ela até poderia tentar ser dele para sempre. Se fosse possível. Se não fosse pedir demais. Se não fosse abusar dos domínios do tempo e fazer com que isso tudo acontecesse tempos atrás ou anos a frente.
Com ele, ela descobriu o andar de mãos dadas na chuva. Por que esse inverno não durou para sempre?
E é para sempre que ela não quer o perder. Como se o para sempre existisse. Como se o para sempre não fosse somente um amontoado de outros pequenos momentos que somente não terão a chance de acontecer.


Dave Mathews já dizia: "A guy and a girl can be just friends. But at one point or another they will fall for each other. Maybe temporarily, maybe at the wrong time, maybe too late or maybe forever".

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