Divagações sem fim esperando por respostas.
Uma busca sem rumo por certezas improváveis:
Dores, cores, amores, rancores.

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

13:37


Vou me contratar um chefe. Ou vou chamar meu pai para morar comigo.
Talvez um general funcionasse melhor. Para por ordem nessa bagunça de vida com a unha do pé pintada de vermelho, os textos por ler e as músicas. Todas as músicas que levam o pouco de concentração que me resta para dois ou três quarteirões longe daqui. Talvez um pouco mais.
Acho que o que está pronto não me atrai tanto quanto o que está por vir.
Eu já sei que esse texto é mais longo que o anterior. Que existe nele um realismo exacerbado com uma pitadinha de filme de terror. Que não existem mocinhos e mocinhas e nem vai existir um beijo no final. Aí eu não me concentro.
O senhor general deveria me acordar as 7 da manhã com água fria no rosto e uma caneca de café para despertar e trazer de volta a concentração que está lá na esquina.
Eu prometo, vou desligar o som. Vou desligar todas as seleções de músicas que me lembram de histórias muito mais interessantes que as suas, Henry James.
Vou pegar as páginas não lidas, chefe. Vou ler tudo. Parágrafo por parágrafo deste seu realismo irreal que não me agrada. Paciência.
Pai, você devia ter me deixado simplesmente pintar as unhas do pé de qualquer cor. Guardar meus sonhos apenas numa caixinha de bombom.

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