Divagações sem fim esperando por respostas.
Uma busca sem rumo por certezas improváveis:
Dores, cores, amores, rancores.

quarta-feira, 31 de março de 2010

comemorando o dia da mentira

Hoje eu senti muita saudade de você sem saber porquê.
Estava guardando o carro na garagem e começou a tocar Santeria do Sublime aí lembrei da gente lá em Cuzco naquele bar cheio de brasileiros com aquela banda boa. Tínhamos acabado de chegar de Machu Picchu e era nossa última noite de viagem.
Encontramos todos os meninos que tínhamos conhecido em diferentes partes da viagem. Rolava um double drink. Todo mundo era menor que a gente então por mais cheio que estivesse o lugar, era só erguer a cabeça pra uma ver a outra.
E eram só meninos mesmo! Não acreditavam que estávamos fazendo a viagem só as duas meninas. Claro que ficamos orgulhosas de nossa coragem. Na verdade, acho que nunca paramos pra pensar no perigo. Só quando estávamos dentro dele. Dentro do ônibus quase caindo do barranco. Dentro da mina quase morrendo de claustrofobia e quase te derrubando no buraco, sem dinheiro nem para comprar água e salvas por um americano bondoso (tenho que admitir), presas no bloqueio político em Sucre, congelando nos menos trinta graus do Salar ou andando de táxi em La Paz.
Aí ficamos perto da banda. Acho que nunca te agradeci por essa viagem. Você sabe que se não tivesse insistido e planejado tudo eu não iria. Por mais que fosse um sonho eu não tinha forças. Você deu seu ombro para eu me apoiar.
A banda tocou de tudo e aquele bando de mochileiro sacudindo sem parar. Inclusive nossos dois amigos baixinhos de Floripa, aqueles outros de São Paulo: o bonito, a irmã e o mala e o Roberto. Ah! O Roberto...
Acho que o sorriso de todo mundo tava emendado. A energia era muito boa. Energia boa de quem realizou um sonho. Sonho de hippie. E a gente ficou lá rindo, bebendo nossos pisco sauer e ouvindo o som. Que coisa mais perfeita, né? Pena que era a última noite.
Aí eu virei pra você e pensei alto: - Nossa, essa noite pede um Sublime!
Eu nem pedi para deus Inca nenhum, mas a banda começou a tocar Santeria e a gente morreu de rir. Foi só pra ficar mais mágico ainda, né? É por isso que se nada der certo, a gente vai morar em Copacabana. Lá na Bolívia. Eu, você e o Damian das calças de saco de batatas.
Parabéns pelos quatro anos de amizade, hermanita.

2 comentários:

  1. Parabens pela nossa amizade! Parabens pela nossa viagem! Parabens por todos os momentos de diversao que passamos juntas! Amei esse post e digo que cada ano q passa eu tenho mais certeza q conheci a amiga certa no dia certo! Se nao fosse vc q tivesse feito toda essa maluquisse comigo nada teria sido tao perfeito! Obrigada por ser minha amiga durante esses 4 anos pq agora vc vai ter q me aguentar para o resto da sua vida! Bjos monster!

    ResponderExcluir
  2. ai monster, que lindo. Cho-rei!
    ti amu!!!!

    ResponderExcluir